domingo, 25 de setembro de 2011

Investigação da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto revela: Cobre induz envelhecimento celular

Um estudo científico desenvolvido por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), publicado na revista científica Age, demonstrou que o cobre pode estar envolvido no processo de envelhecimento celular, agindo sobre as células humanas da mesma forma que outros oxidantes, tais como a radiação UV, por exemplo. 

 



                      








O cobre é um elemento essencial para o bom funcionamento do nosso organismo, estando presente em diversos alimentos, como as ostras, fígado, cacau, nozes, entre outros. No entanto, quando existe em concentrações muito elevadas, ou quando se regista uma desregulação do seu metabolismo, ele associa-se a doenças cerebrais e hepáticas. Aliás, sabe-se que a acumulação de cobre está envolvida no desenvolvimento de patologias associadas à idade, tais como o Alzheimer, por exemplo

Liliana Matos, autora principal deste estudo, refere que durante o envelhecimento há acumulação de vários metais nas células humanas, mesmo quando não existe nenhuma patologia associada. “É por isso que é importante avaliar a influência desses metais no processo de envelhecimento”, salienta a autora.

Assim sendo, no âmbito do seu projecto de doutoramento, a investigadora da FMUP optou por estudar o impacto do ferro e do cobre no envelhecimento celular. Para desenvolver este trabalho, foi essencial utilizar técnicas de indução de senescência (envelhecimento celular) prematura “in vitro”, com o objectivo de verificar se esses metais induzem, por si só, o envelhecimento.

Os trabalhos referentes ao ferro ainda não são conclusivos mas, relativamente ao cobre, ficou comprovada a sua relação directa com o processo de envelhecimento.

A próxima etapa passa por compreender os mecanismos moleculares específicos que levam o cobre a induzir a senescência. Conhecendo esses mecanismos, poder-se-á tentar agir sobre eles, controlando o efeito negativo da acumulação do cobre nas células.

Este trabalho poderá, a longo prazo, ter implicações clínicas relevantes no desenvolvimento de terapias para o Alzheimer e a Doença de Wilson.

Fontes: CiênciaPT.net e Google imagens

2 comentários:

  1. Olá!
    Importante pesquisa, uma vez que poderá auxiliar no tratamento de doenças que assolam um grande número da população.
    No Brasil, precisamos de maior investimento em pesquisa, para não termos que depender do domínio da indústria farmacêutica do exterior. E nós que temos uma diversidade vegetal tão rica.
    Abraço.

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  2. Olá!
    Para aquela que ri de si mesma...
    Eu pensava que no Brasil não tinham esses problemas de investimento em investigação. A imagem que eu tenho do Brasil é precisamente o oposto, um país muito desenvolvido nessa e noutras áreas. Creio que será só quererem e com muita facilidade o Brasil estará a dar 'cartas' também nessa vertente. Por cá considero um 'milagre' ainda haver gente que investiga, com o FMI a dar nas canelas está tudo ficando muito preto.
    Abraço.

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