quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cientistas chineses querem desviar Apophis da Terra


Em 2029 o asteróide vai passar a 30 mil quilómetros do nosso planeta


Apophis tem 320 metros de diâmetro e 45 milhões de toneladas

Detectado em 2004, o asteróide Apophis passará perto da Terra em 2029 embora não represente, segundo os mais recentes cálculos, um perigo iminente. No entanto, num artigo publicado na «Research in Astronomy and Astrophysics», uma equipa de cientistas da Universidade Tsinghua (China) propõe enviar uma sonda para colidir com o asteróide e desviá-lo da sua órbita.





Existe uma remota possibilidade do Apophis atravessar uma região do espaço chamada ‘fenda de ressonância gravitacional’ que mudaria a sua trajectória fazendo com que passasse uma segunda vez muito perto da Terra.


Calcula-se que o Apophis passará pelo nosso planeta a 13 de Abril de 2029. O possível retorno aconteceria em 2036. O pequeno tamanho da fenda de ressonância gravitacional – 600 metros – faz com que seja pouco provável que seja atravessada. Mesmo assim, os investigadores asseguram que é necessário preparar missões que possam ser úteis para resolver futuros problemas.
O modelo proposto pelos cientistas liderados pelo físico Sheng-Ping Gong implica a colocação em órbita de uma pequena nave que iria circular no sentido contrário do asteróide. O funcionamento deste dispositivo, composto por uma vela, seria similar ao de um veleiro, só que em vez de ser empurrado pelo vento, seria impulsionada pela radiação proveniente do Sol.
Os investigadores calculam que uma vela de 10 quilogramas lançada um ano antes poderia alcançar uma velocidade de 90 quilómetros por segundo, suficiente para eliminar a possibilidade de retorno em 2036.

Não é a primeira vez que se planeiam missões para desviar este asteróide de 320 metros de diâmetro e mais de 45 milhões de toneladas. Em 2009, investigadores russos planearam uma missão para deter Apophis cujo potencial destrutivo seria equivalente a dezenas de milhares de bombas atómicas.




quinta-feira, 11 de agosto de 2011

SIDA - A Casa dos Números

O que é o HIV? O que é a SIDA? Que está sendo feito para curá-la? Estas perguntas motivaram o cineasta canadiano Brent Leung a fazer uma viagem por todo o mundo, desde os mais conceituados cientistas até ás favelas da África do Sul onde a morte e a doença são a ordem do dia. Neste documentário, ele observa que, apesar da AIDS ter sido notícia de primeira página por mais de 29 anos, ela é mal compreendida. Apesar do grande esforço, tempo e dinheiro gasto, nenhuma cura está à vista.

Nascido em 1980 (no auge da epidemia), Leung revela uma comunidade cientifica em desacordo, e uma política de saúde tragicamente desorientada. Tendo acesso a uma notável variedade das figuras mais proeminentes e influentes no campo, entre eles os co-descobridores do HIV, assessores presidenciais, prémios Nobel, o Director Executivo do UNAIDS, assim como sobreviventes e activistas, verifica que as suas visões restritas produzem surpreendentes revelações e contradições desconcertantes.

A história do HIV / AIDS está sendo reescrita, e este é o primeiro filme a apresentar as opiniões livres de praticamente todos os principais intervenientes , em suas próprias configurações, em suas próprias palavras. Ele abala os fundamentos sobre os quais toda a sabedoria convencional em relação ao HIV / AIDS é baseada. Se, como o Médico sul-africano Pephsile Maseko afirma, "este é o começo de uma guerra ... uma guerra para recuperar a nossa saúde", então "Casa dos Numeros" poderia muito bem ser o pontapé inicial na batalha para trazer a sanidade e a clareza para um epidemia que está claramente distorcida.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

METÁFORA MATEMÁTICA

Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios
esferóides.
 

Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No
Infinito.

"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa.
"

E de falarem descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A almas irmãs
Primos-entre-si.

E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas
sinusoidais.
 

Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo
Finito.
 

Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma
Perpendicular.
 

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissectriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E
diferencial.

E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até àquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna
monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos.
 

Viciosos.
 

Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador
Comum.
 

Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
chamado amoroso.
E desse problema ela era a fracção
Mais
ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade

Como aliás, em qualquer  Sociedade. 
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