Tu que, como uma punhalada,Em meu coração penetrasteTu que, qual furiosa manadaDe demónios, ardente, ousaste,De meu espírito humilhado,Fazer teu leito e possessão- Infame à qual estou atadoComo o galé ao seu grilhão,Como ao baralho ao jogador,Como à carniça o parasita,Como à garrafa o bebedor- Maldita sejas tu, maldita!Supliquei ao gládio velozQue a liberdade me alcançasse,E ao vento, pérfido algoz,Que a covardia me amparasse.Ai de mim! Com mofa e desdém,Ambos me disseram então:“Digno não és de que ninguémJamais te arranque à escravidão,Imbecil! – se de teu retiroTe libertássemos um dia,Teu beijo ressuscitariaO cadáver de teu vampiro!”Charles Baudelaire – As Flores do Mal – O vampiro
Ao Domingo há quem acorde mais tarde, há quem vista o fato de treino e vá às compras ao hipermercado, há quem vá à pesca, há quem não pesque nada, mas dá banho à minhoca, há quem só tome banho ao Domingo, há quem passe o Domingo a tentar dar uma queca, o Domingo é santo, por isso há santas quecas, o Domingo pode ser fantástico e há o Domingástico, um blogue do carástico, senhores leitores.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
O Vento Mudou
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