quinta-feira, 19 de junho de 2014

Alimentação: organizações de saúde cedem a lobbys da indústria



Um especialista mundial em nutrição acusa as organizações internacionais de saúde de cederem aos interesses da indústria ao ponto de elaborarem uma pirâmide alimentar e recomendarem alimentos que nem sempre são os melhores para evitar doenças, avança a agência Lusa, citada pelo Notícias ao Minuto.

Colin Campbell, pela primeira vez em Portugal, é um bioquímico norte-americano especialista em nutrição na saúde e autor do Estudo da China ("The China Study"), o maior estudo epidemiológico sobre o efeito da alimentação e estilo de vida na saúde.

Convidado como orador principal, esta quarta-feira, num seminário sobre nutrição, subordinado ao tema "Factos e mitos", promovido pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Macrobiótico de Portugal, Colin Campbell diz que o principal mito que subsiste "tem a ver com o facto de as pessoas continuarem a olhar para a carne como a principal fonte de proteínas".



 "Isso está errado. Uma alimentação rica em verduras e legumes também fornece proteínas", disse, em entrevista à Lusa, o defensor de uma dieta completamente isenta de carne, peixe e lacticínio


Uma das conclusões fundamentais que emanam do seu estudo, publicado em 2005, é que o "principal problema de saúde está associado aos lacticínios e ingestão de carne", uma afirmação que considera "válida" quase quinze anos depois, disse à Lusa.

De acordo com este estudo, que produziu mais de 8.000 associações significativas entre diversos factores alimentares e várias doenças, o consumo de carne, peixe e derivados de leite é responsável por doenças degenerativas modernas, como o cancro e a diabetes.

Questionado sobre por que motivo então as conclusões do seu estudo nunca foram aplicadas a nível mundial na alimentação e acatadas pelas associações ligadas à saúde, designadamente a OMS e organizações relacionadas com as doenças degenerativas, Colin Campbell escuda-se na força dos lobbys da industria alimentar.

"Não podemos esquecer que a Pirâmide alimentar que vemos é ditada por uma série de factores, sendo um dos principais a influência de determinados sectores da indústria alimentar. Os lobbys paralelos que existem, ligados aos sector alimentar, são fortes, poderosos e continuam a ditar as regras gerais da alimentação, incluindo o que se inclui na Pirâmide Alimentar", afirma.

Sobre a importância para a saúde, nomeadamente para o reforço do sistema imunitário, dos bacilos vivos contidos nos iogurtes, Colin Campbell reconhece que "os iogurtes têm mais benefícios do que o leite", mas sublinha que "esses benefícios não são suficientes para que o iogurte substitua o valor dos legumes na comida vegetariana".

Quanto aos chamados peixes azuis, que cada vez mais estudos consideram fundamental para a saúde cardiovascular e o combate a doenças como o cancro, o responsável reconhece igualmente alguma importância, mas descarta-os como necessários.

"O peixe é, sem dúvida, o que tem melhor ratio - se comparado com a carne - de Omega 3 e Omega 6. Contudo, podemos substituir o peixe por outros alimentos, como sementes e vegetais, que também nos conferem esses benefícios", explicou.

Confrontado com os vários estudos recentes que apontam cada vez mais para a importância do consumo de carne branca, peixe e lacticínios, contrariando as teses que resultam do Estudo da China, Colin Campbell aponta novamente o dedo à indústria alimentar e ao seu peso na determinação das regras gerais da alimentação.

Segundo o especialista norte-americano, a Associação Americana de Dietistas, uma das principais em todo o mundo, tem o controlo dos currículos das pessoas que depois aconselham todas as outras em termos alimentares (isto na realidade americana), sendo que estas associações "são, na sua maioria, co-financiadas pelas grandes empresas de bebidas, farmacêuticas e alimentares".

"Ora, isto acaba por ser uma bola de neve de informação, se o ponto inicial - a Associação - sobrevive através dessas empresas, então a formação que passam vai muito ao encontro do que essas empresas pretendem. Como sabemos, pouco mudou em termos do que são as regras gerais alimentares, tendo em conta que muito mudou em termos de estudos e dados apresentados. A maioria das regras alimentares é financiada pelas empresas que produzem esses alimentos", acusou.


Fonte:  Portal de Oncologia Português  
           

sábado, 4 de maio de 2013

Centenas de estranhas esferas 'metálicas' encontradas em antigo templo mexicano. O Templo da Serpente Emplumada.


Centenas de misteriosas esferas encontram-se sob o Templo da Serpente Emplumada, uma antiga pirâmide de degraus de seis níveis, apenas a 30 milhas da Cidade do México. As esferas enigmáticas foram encontrados durante uma escavação arqueológica usando um robô equipado com câmara em um dos edifícios mais importantes na cidade pré-hispânica de Teotihuacan.




"Elas se parecem com esferas amarelas, mas não sabemos seu significado. É uma descoberta sem precedentes", disse Jorge Zavala, arqueólogo da Antropologia Nacional do México e do Instituto de História.



As ruínas Mesoamericanas  de Teotihuacan, um Património da Humanidade, representam um dos maiores centros urbanos do mundo antigo. Que teria sido estabelecido em torno de 100 AC,  a cidade cheia de pirâmides tinha mais de 100.000 habitantes no seu auge, mas foi abandonada por razões misteriosas cerca de 700 DC. Muito antes dos aztecas chegarem em 1300. A escavação no templo foi focada a 330 metros de comprimento do túnel que corre sob a estrutura. O local foi descoberto em 2003, quando fortes chuvas deixaram a descoberto um buraco a poucos metros da pirâmide.

Explorando o túnel, que foi deliberadamente cheio de detritos e as ruínas da Cidade de Teotihuacan, serão necessários vários anos de trabalho preliminar e planeamento. "Finalmente, há alguns meses, encontramos duas câmaras laterais de 72 e 74 metros (236 e 242 pés) da entrada. Chamamos-lhes Câmara do Norte e Câmara do Sul  ", disse o arqueólogo Sergio Gómez Chávez, Director do Projeto Tlalocan,  ao Discovery News. Os arqueólogos exploraram o túnel com um robô de controle remoto chamado Tlaloc II-TC, que tem uma câmara de infravermelhos e um scanner a laser que gera a visualização 3D dos espaços sob o templo. "O robô foi capaz de entrar na parte do túnel que ainda não foi  escavado e encontrou três câmaras entre os 100 e 110 metros (328 e 360 pés) a partir da entrada ", disse Gómez Chávez. As misteriosas esferas foram encontradas em duas destas câmaras. Variando de 1,5 a 5 centímetros, os objectos têm um núcleo de argila e são cobertas com um material amarelo chamado jarosita. "Este material é formado pela oxidação da pirita, que é um minério metálico ", disse Gómez Chávez." Isso significa que em tempos pré-hispânicos elas apareceram como se fossem esferas metálicas. Existem centenas delas na câmara sul. "



De acordo com George Cowgill, professor emérito da Universidade Estadual do Arizona e autor de várias publicações sobre Teotihuacan, as esferas são uma fascinante descoberta. "A Pirita foi certamente usada pelos teotihuacanos e outras sociedades mesoamericanas antigas", Cowgill contou ao Discovery News. "Originalmente, as esferas teriam mostrado muito brilho. Elas são realmente únicas, mas não tenho ideia do que elas significam."

Fontes: Red Ice Creations
               Discovery.com

quarta-feira, 13 de março de 2013

SOBREVIVENDO AO PROGRESSO



Maravilhoso documentário da BBC, com imagens belíssimas.

 "A ascensão da Humanidade é geralmente medida pela velocidade do progresso? Mas e se o actual progresso estiver nos prejudicando, em direcção ao colapso? Ronald Wright, autor do best-seller "A Short History Of Progress" (A Breve História do Progresso), que inspirou este documentário, mostra como as civilizações do passado foram destruídas pelas "armadilhas do progresso" - tecnologias fascinantes e sistemas de crença que atendem a necessidades imediatas, mas comprometem o futuro.
Com a pressão sobre os recursos mundiais aumentando e as elites financeiras levando nações ao fundo do poço, poderá nossa civilização globalizada escapar da catástrofe - a "armadilha do progresso" final?
Através de imagens marcantes e insights iluminadores, de pensadores que investigaram nossos genes, cérebros e comportamento social, este requiem do modelo de progresso usual também propõe um desafio: provar que tornar macacos mais inteligentes não é um beco sem saída evolucionário."




sexta-feira, 8 de março de 2013

Essa água-viva é o único animal imortal do planeta



Normalmente quando uma criatura tem um nome sugestivo de ‘imortal’, é sempre algo interpretado de forma não-literal. Mas não é bem assim no caso das regras biológicas dessa água-viva. Essa água viva, chamada Turritopsis nutricula, simplesmente não consegue morrer de causas naturais. Sua capacidade de regeneração é tão alta que ela só pode morrer se for completamente destroçada.

Como a maioria das águas-vivas, ela passa por dois estágios: a fase de pólipo, ou fase imatura, e a fase medusa, na qual pode se reproduzir de forma assexuada. A água-viva imortal foi descoberta por acaso pelo estudante alemão de biologia marinha Christian Sommer em 1988, enquanto ele passava suas férias de verão na Riviera Italiana. Sommer, que colectava espécies de hidrozoários para um estudo, acabou capturando a pequena criatura misteriosa, ficando espantado com o que observou no laboratório. Após examiná-la durante alguns dias, Sommer percebeu que a água-viva simplesmente se recusava a morrer, regredindo ao seu estado inicial de desenvolvimento até reiniciar o seu ciclo de vida outra vez, sucessivamente, como se sofresse um envelhecimento reverso.

Os pesquisadores já descobriram que ela inicia seu incrível rejuvenescimento quando se encontra em uma situação de stress ou ataque, e que durante esse período o organismo passa por um processo conhecido como transdiferenciação celular, ou seja, um evento atípico no qual um tipo de célula se transforma em outro, tal como ocorre com as células-tronco humanas. É a natureza nos surpreendendo mais uma vez, nos mostrando sua grande capacidade de inovação mediante as adversidades naturais e do homem. Vejam um infográfico que explica melhor seu ciclo:


Em: hypeness

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A Marinha Portuguesa




No século XVI, Portugal tinha a mais poderosa marinha do mundo.

No século XV e XVI as especiarias eram tão valiosas como ouro e apenas a nobreza podia comprar este valioso produto do oriente.

Nesse período duas mãos cheias de especiarias davam a um marinheiro a possibilidade de fazer dinheiro para uma vida.

Com a guerra Árabe, a rota de comercio das especiarias foi cortada e apenas os muçulmanos faziam esse comercio, através de Itália, mas por preços muito elevados.
Portugal ficava num canto da Europa e nesta altura já tinha descoberto as ilhas Canárias, Açores, Madeira, *Canada e a costa africana do atlântico. Isso deu a Portugal uma grande vantagem em relação a todos os outros países da Europa.

Com o corte da rota das especiarias , Portugal lançou um grande projecto para descobrir o mundo em busca da Ásia através do mar.
Em breve Portugal tornar-se-ia o único país Europeu a trazer as especiarias da Ásia para a Europa.

Com todo esse conhecimento, o Rei de Portugal desenvolveu um plano.
Portugal cortou todas as passagens, conquistou cidades e construiu centenas de fortalezas ao longo de toda a costa do oceano Indico.
Com esse ambicioso plano o Rei de Portugal monopolizou todo o comercio vindo da Ásia para a Europa.
*Alem disso, o Rei de Portugal, através de Cristóvão Colombo, conseguiu enganar o Rei de Espanha. Fazendo-o descobrir a América (Índias), já a muito conhecida.


Durante este possesso Portugal conseguiu feitos impressionantes, nunca alcançados por qualquer país.

Com todo o comercio com a Ásia, América e África, Portugal precisava de grandes navios para transporte e para protecção.
No século XVI Portugal tinha 400 grandes navios de alto bordo, como Naus e Galeões, e um grande numero de Caravelas.
Inglaterra tinha apenas 20 navios de alto bordo
Espanha com uma Marinha mediterrânica tinha menos de 70 navios como galeões e naus.

No ano de 1500 Portugal já tinha os maiores navios alguma vez vistos.
Navios para viagens para a Ásia como a Nau S. Gabriel, com o tamanho de 300 toneis e a Flor de la Mar com 400 toneis, mas em apenas dez anos o tamanho dos navios, mais do que duplicou esse valor para mais de 1000 toneis como o Galeão Santa Catarina do Monte Sinai.

A razão para esta grande marinha e rápido desenvolvimento tecnológico não é sem motivo.
Estas viagens de descoberta, comercio e guerra demoravam por vezes mais de um ano e para resolver esse problema os mestres construtores de navios, construíam navios cada vez maiores, ate que o rei emitiu uma lei que limitava o tamanho dos navios.
Depois de décadas e séculos a construir navios tão grandes quase sem tecnologia disponível, os mestres portugueses atingiram a perfeição dando a Portugal os melhores e maiores navios alguma vez construídos pelo homem.
Com tanta experiência e a necessidade para transportar estonteantes quantidades de carga, os navios tinham uma extraordinária qualidade, nunca ultrapassados por Espanha, Inglaterra ou Holanda.

Esses navios ficam na historia como os maiores galeões do mundo, algumas vezes como navios castelhanos, como é o exemplo dos galeões nesta imagem, com bandeira espanhola, e cores espanholas.
Até em Hollywood, a traz de um grande galeão espanhol esta muitas vezes um navio português, com a bandeira errada e as cores erradas
Isso é um resultado da União-Ibérica

Alguns feitos de Portugal
.A Marinha portuguesa é a mais antiga marinha do mundo e ainda hoje, em paradas navais, os navios portugueses vão a frente, devido a sua antiga herança
.Portugal foi o primeiro país do mundo a iniciar um império global e a começar a grande era dos descobrimentos. no século XV
.Foi o primeiro e o ultimo, fazendo o império durar por seis séculos, de 1415 ate 1999.
.O império português esta incluído nos dez maiores impérios do mundo, com 6.5 milhões de Km quadrados.
.Portugal foi o primeiro país europeu a descobrir a * América(Canada) e (Brasil) antes de Colombo usar o mapa português para descobrir as Caraíbas.
.Foi o primeiro país a descobrir a África do Sul, Madagáscar, Malásia, *Austrália, * Antárctida, Japão e a colonizar Nagasaki, a sua mais distante colónia.
.Foi o primeiro país do mundo a descobrir o Atlântico sul, o oceano Indico e Pacifico.
.Portugal criou a maior companhia de comercio que alguma vez existiu. A primeira companhia de comercio a nível mundial.
.Navegadores portugueses deram o nome a uma quantidade incrível de pontos no planeta, incluindo os Oceanos Indico e Pacifico, Territórios no Canada, América, Ásia, África e Oceania.
.Um navegador português foi o primeiro homem no mundo a fazer o seu navio dar a volta ao mundo
.A língua portuguesa é falada hoje em oito países

-Discrição da imagem:
1588
Esquadra portuguesa na Armada Invencível.
Castela, Portugal e Nápoles com 130 navios incluindo os maiores galeões do mundo, os galeões portugueses que lideravam a armada mas com capitães castelhanos, incluindo o navio capitania da esquadra, o S. Martinho.
Contra Inglaterra e Holanda com 197 Navios



*Estudos realizados ao longo dos anos demonstram esta possibilidade apoiados por documentação e provas que lhe dão uma veracidade quase de 100%

Foto e texto: Portuguese Galleons of the age of discovery

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Observado novo tipo de galáxia muito raro


Objectos brilham sob intensa radiação emitida por enormes buracos negros centrais


As galáxias feijão verde são brilhantes
(Imagem: CFHT/ESO/M. Schirmer)




Foi identificada uma nova classe de galáxias, apelidadas “galáxias feijão verde” devido à sua aparência invulgar. Estas brilham sob a intensa radiação emitida pelo material que   circunda os enormes buracos negros centrais e encontram-se entre os objectos mais raros do universo.


Muitas galáxias têm um buraco negro gigante no seu centro, que faz com que o gás em sua volta brilhe. As ‘galáxias feijão verde’ brilham no seu todo e não apenas no centro. Estas novas observações, com o auxílio do Very Large Telescope (VLT) do Observatório Sul Europeu (ESO), o telescópio Gemini South e o telescópio Canadá-França-Hawaii (CFHT), revelam as regiões maiores e mais brilhantes alguma vez encontradas, que se pensa serem alimentadas por buracos negros centrais, muito activos no passado mas que estão agora a desvanecer.
O astrónomo Mischa Schirmer do Observatório Gemini observou muitas imagens do universo distante à procura de enxames de galáxias, mas quando viu um objecto numa imagem do telescópio Canadá-França-Hawaii, ficou espantado – o objecto parecia uma galáxia mas era verde brilhante. Não era como nenhuma galáxia que ele já tivesse visto antes, algo totalmente inesperado. Schirmer resolveu então pedir tempo de telescópio no VLT do ESO para descobrir o que estaria a causar o invulgar brilho verde.

O novo objecto tem o nome J224024.1-092748 ou J2240, situa-se na constelação do Aquário e a sua luz levou cerca de 3,7 mil milhões de anos a chegar até nós. Depois da descoberta, a equipa de Schirmer procurou no seio de uma lista de quase mil milhões de galáxias e encontrou mais 16 galáxias com propriedades semelhantes, que foram posteriormente confirmadas por observações feitas com o telescópio Gemini South. Estas galáxias são tão raras que existe, em média, apenas uma em cada cubo de 1,3 mil milhões de anos-luz de lado. Foram apelidadas de galáxias feijão verde devido à sua cor e porque superficialmente são parecidas às galáxias ervilha, embora sejam maiores.

Geralmente, o material que rodeia o buraco negro central de elevada massa emite radiação intensa, ionizando o gás circundante que brilha fortemente. Estas regiões brilhantes em galáxias activas típicas são geralmente pequenas, não ultrapassando os dez por cento do diâmetro da galáxia. No entanto, as observações da equipa mostraram que, no caso da J2240 e das outras ‘galáxias feijão verde’ descobertas posteriormente, esta região é verdadeiramente enorme, comportando toda a galáxia. A J2240 apresenta uma das maiores e mais brilhantes regiões deste tipo encontradas até agora. O oxigénio ionizado brilha intensamente a verde, o que explica a estranha cor que originalmente chamou a atenção de Schirmer.



"Estas regiões brilhantes são fantásticas para tentar perceber a física das galáxias – é como enfiar um termómetro médico numa galáxia muito, muito distante," diz Schirmer.“Normalmente, estas regiões não são nem muito grandes nem muito brilhantes, e por isso só se conseguem observar bem em galáxias próximas. No entanto, nestas galáxias recentemente descobertas, as regiões são tão grandes e brilhantes que podem ser observadas com todo o pormenor, apesar das enormes distâncias envolvidas", continuou.
Toda a galáxia brilha e não apenas o centro
(Imagem: CFHT/ESO/M. Schirmer)
Mistérios
A análise subsequente dos dados revelou outro mistério. A J2240 parece ter um buraco negro central muito menos activo do que o esperado pelo tamanho e brilho da região brilhante. A equipa pensa que as regiões brilhantes devem ser um eco de quando o buraco negro estava muito mais activo no passado e que irão gradualmente diminuindo de brilho à medida que os restos de radiação passam através delas e se perdem no espaço.

Estas galáxias assinalam a presença de um centro galáctico a desvanecer-se, marcando uma fase transitória na vida de uma galáxia. No Universo primordial as galáxias eram muito mais activas, com buracos negros em crescimento nos seus centros, que engoliam as estrelas e o gás circundante e brilhavam intensamente, produzindo facilmente até 100 vezes mais luz do que todas as estrelas da galáxia juntas.

Ecos de luz como o observado na J2240 permitem aos astrónomos estudar os processos de cancelamento destes objectos activos, de modo a compreender o como, quando e porquê da sua paragem – e porque é que agora vemos tão poucos deles nas galáxias mais jovens. Isto é o que a equipa pretende estudar a seguir, continuando este trabalho com observações nos raios X e também observações espectroscópicas.
"Descobrir algo genuinamente novo é o sonho de qualquer astrónomo tornado realidade, um acontecimento único na vida," conclui Schirmer. "É verdadeiramente inspirador".
Em: Ciência Hoje
 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Tempestade gigante em Saturno

       

     Sonda Cassini da NASA fotografa super-furacão no pólo norte do planeta



Imagem foi captada há dois dias a uma distância de 361 mil quilómetros
A sonda Cassini da NASA voltou a captar imagens dos fenómenos climáticos extremos que acontecem em Saturno. Desta vez, apresenta uma fotografia de uma super-tempestade no pólo norte do planeta. Foi captada há dois dias a uma distância de 361 mil quilómetros.  
Esta imagem é importante visto que até há pouco tempo aquela região saturniana era muito difícil de observar. O principal motivo residia no facto do planeta estar a passar pelo seu comprido inverno de 15 anos.
Só era possível detectar estes fenómenos através de raios infravermelhos. Em 2009, acabou o Inverno e a luz do Sol voltou a entrar na região, permitindo a observação desta tempestade, parecida à que os astrónomos descobriram há seis anos no Polo Sul.
Em 2006, a mesma sonda detectou uma tempestade com uma largura até dois terços a da Terra, no pólo sul daquele planeta. Essa foi a primeira vez que se observou um fenómeno semelhante aos furacões terrestres no Sistema Solar.
Os astrónomos pensam que estas tempestades se forma da mesma forma que os furacões através do ar quente e húmido nas camadas baixas.
De: Ciência Hoje

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