sábado, 22 de dezembro de 2012

Ater Tumti - A Herança Universal

Ora aqui está um vídeo que não nos deixa indiferentes.
Difícil, muito difícil de entender.
O seu principal protagonista, Matias De Stefano tem, de qualquer forma, de ser um génio, mesmo que tudo isto seja inventado.
Recomendo o visionamento, com calma muita calma.
Uma chamada de atenção em especial aos Pais e aos Professores.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Observado novo tipo de galáxia muito raro


Objectos brilham sob intensa radiação emitida por enormes buracos negros centrais


As galáxias feijão verde são brilhantes
(Imagem: CFHT/ESO/M. Schirmer)




Foi identificada uma nova classe de galáxias, apelidadas “galáxias feijão verde” devido à sua aparência invulgar. Estas brilham sob a intensa radiação emitida pelo material que   circunda os enormes buracos negros centrais e encontram-se entre os objectos mais raros do universo.


Muitas galáxias têm um buraco negro gigante no seu centro, que faz com que o gás em sua volta brilhe. As ‘galáxias feijão verde’ brilham no seu todo e não apenas no centro. Estas novas observações, com o auxílio do Very Large Telescope (VLT) do Observatório Sul Europeu (ESO), o telescópio Gemini South e o telescópio Canadá-França-Hawaii (CFHT), revelam as regiões maiores e mais brilhantes alguma vez encontradas, que se pensa serem alimentadas por buracos negros centrais, muito activos no passado mas que estão agora a desvanecer.
O astrónomo Mischa Schirmer do Observatório Gemini observou muitas imagens do universo distante à procura de enxames de galáxias, mas quando viu um objecto numa imagem do telescópio Canadá-França-Hawaii, ficou espantado – o objecto parecia uma galáxia mas era verde brilhante. Não era como nenhuma galáxia que ele já tivesse visto antes, algo totalmente inesperado. Schirmer resolveu então pedir tempo de telescópio no VLT do ESO para descobrir o que estaria a causar o invulgar brilho verde.

O novo objecto tem o nome J224024.1-092748 ou J2240, situa-se na constelação do Aquário e a sua luz levou cerca de 3,7 mil milhões de anos a chegar até nós. Depois da descoberta, a equipa de Schirmer procurou no seio de uma lista de quase mil milhões de galáxias e encontrou mais 16 galáxias com propriedades semelhantes, que foram posteriormente confirmadas por observações feitas com o telescópio Gemini South. Estas galáxias são tão raras que existe, em média, apenas uma em cada cubo de 1,3 mil milhões de anos-luz de lado. Foram apelidadas de galáxias feijão verde devido à sua cor e porque superficialmente são parecidas às galáxias ervilha, embora sejam maiores.

Geralmente, o material que rodeia o buraco negro central de elevada massa emite radiação intensa, ionizando o gás circundante que brilha fortemente. Estas regiões brilhantes em galáxias activas típicas são geralmente pequenas, não ultrapassando os dez por cento do diâmetro da galáxia. No entanto, as observações da equipa mostraram que, no caso da J2240 e das outras ‘galáxias feijão verde’ descobertas posteriormente, esta região é verdadeiramente enorme, comportando toda a galáxia. A J2240 apresenta uma das maiores e mais brilhantes regiões deste tipo encontradas até agora. O oxigénio ionizado brilha intensamente a verde, o que explica a estranha cor que originalmente chamou a atenção de Schirmer.



"Estas regiões brilhantes são fantásticas para tentar perceber a física das galáxias – é como enfiar um termómetro médico numa galáxia muito, muito distante," diz Schirmer.“Normalmente, estas regiões não são nem muito grandes nem muito brilhantes, e por isso só se conseguem observar bem em galáxias próximas. No entanto, nestas galáxias recentemente descobertas, as regiões são tão grandes e brilhantes que podem ser observadas com todo o pormenor, apesar das enormes distâncias envolvidas", continuou.
Toda a galáxia brilha e não apenas o centro
(Imagem: CFHT/ESO/M. Schirmer)
Mistérios
A análise subsequente dos dados revelou outro mistério. A J2240 parece ter um buraco negro central muito menos activo do que o esperado pelo tamanho e brilho da região brilhante. A equipa pensa que as regiões brilhantes devem ser um eco de quando o buraco negro estava muito mais activo no passado e que irão gradualmente diminuindo de brilho à medida que os restos de radiação passam através delas e se perdem no espaço.

Estas galáxias assinalam a presença de um centro galáctico a desvanecer-se, marcando uma fase transitória na vida de uma galáxia. No Universo primordial as galáxias eram muito mais activas, com buracos negros em crescimento nos seus centros, que engoliam as estrelas e o gás circundante e brilhavam intensamente, produzindo facilmente até 100 vezes mais luz do que todas as estrelas da galáxia juntas.

Ecos de luz como o observado na J2240 permitem aos astrónomos estudar os processos de cancelamento destes objectos activos, de modo a compreender o como, quando e porquê da sua paragem – e porque é que agora vemos tão poucos deles nas galáxias mais jovens. Isto é o que a equipa pretende estudar a seguir, continuando este trabalho com observações nos raios X e também observações espectroscópicas.
"Descobrir algo genuinamente novo é o sonho de qualquer astrónomo tornado realidade, um acontecimento único na vida," conclui Schirmer. "É verdadeiramente inspirador".
Em: Ciência Hoje
 
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